quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Aceitação



Curva aberta, natureza aconchegante
Concretização do incerto
Alucinação do descoberto

Casinha simples, chaminé e neblina
Dor de dentro
Amor no centro

Postes em sequência, o fio da luz
Fugir da recordação, querer reconciliação

Árvore seca, fábrica de cal
Lembrar do imperfeito
Clarear a lágrima no peito

Concreto reto, bananeira cheia
Acabou, desandou
Chuviscou, inundou

Posto de gasolina, antena parabólica
Adeus, foi embora
Deus, uma nova aurora

Céu fechado, contorno do morro
Sorriso de canto, piscou
Chega de pranto, amou

Caminhão vermelho, santa nas pedras
Paralisou, acalmou

Arrumou, aceitou.

Liberdade



Liberdade é estar disposto
Sem procurar a vez ou o rosto
Em prontidão plena, todo à disposição
Respeito mútuo, silencioso, discreto
Mesmo sem ter um teto, um veto, um credo

É ser feliz com um quem e um aquém

sábado, 5 de setembro de 2015

Aún sigo cantando


Perfeito, suave para proveito e deleito

Descanso amável e tranquilo dentro de um calor corrosivo

Desfeito, uma nave no peito e um beijo
Sonho e realidade, amizade e santidade

Do seu jeito, amor com dor, com um doador
Bailando nas noites, companhia durante os dias

Olhos profundos, uma dama e um cavalheiro
De frente pro espelho, de costas pro mundo

Universo paralelo, mundo encantado e um carinho roubado
Gentil, juvenil

Como uma flor
em um deserto hostil



Corazón




















Concreto cicatriza, lento
Disperso paralisa, vento
Imerso sincroniza, aguento